O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia está pronta para elevar os juros acima do previsto caso a inflação continue em alta ou seja mais persistente do que o esperado.
Durante visita a investidores nos Estados Unidos, ele reafirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa Selic (juros básicos da economia), juros básicos da economia do país, em 1 ponto percentual, passando para 12,75% ao ano na próxima reunião em maio.
Ele deixou claro que ajustes adicionais podem ocorrer: “o Copom avalia que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. [O comitê] persistirá em sua estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas em torno de suas metas se consolide”, declarou Campos Neto.
A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), está em seu maior patamar desde 1994.
Estava previsto pelo BC, até o momento, que o ciclo de aumentos da Selic deveria terminar em maio, mas com a persistência da inflação, uma nova elevação em junho não estaria descartada.
“O Copom ressalta que seus futuros passos de política monetária poderão ser ajustados para garantir a convergência da inflação para suas metas e dependerá da evolução da atividade econômica, no balanço de riscos e nas expectativas e projeções de inflação para o horizonte relevante à política monetária”, acrescentou Campos Neto.
Durante o encontro, o presidente do BC explicou que a guerra entre Rússia e Ucrânia pode piorar as pressões inflacionárias no mundo todo, e os preços estão sujeitos às consequências da guerra.
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